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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Bennet versus Dashwood

(Publicado originalmente em "Empada com Tudo Dentro" em 02/06/2010)


Acho impossível ler livros de um mesmo autor e evitar comparações entre eles, ainda mais quando possuem temas tão parecidos; Acabei de ler Razão e Sensibilidade (1811), e apesar de ter gostado mais de Orgulho e Preconceito (1813), achei que também é um ótimo livro, e um dos melhores que já li. Resolvi então listar os pontos em comum entre ambos os livros, que vem a seguir:

Emma Thompson e Hugh Grant como Elinor Dashwood e
Edward Ferrars na versão cinematográfica de 1995
de
Sense and Sensibility

  • A narrativa
Orgulho e Preconceito, apesar de ter sido publicado após Razão e Sensibilidade, foi escrito antes. Por isso considero a história mais original, e é possível ver alguns elementos de O&P em R&S, apesar do segundo ser mais realista em relação ao primeiro. Semelhanças como a falta de fortuna das protagonistas (e como isso atrapalha na escolha de maridos), personagens intrometidos e inadequados, revelações do caráter de alguns personagens considerados decentes, rompimentos amorosos (que em R&S são mais bruscos do que em O&P.) e protagonistas masculinos reservados, mas passionais, podem ser vistas entre os livros.

Alan Rickman e Kate Winslet como Cel. Brandon
e Marianne Dashwood na versão cinematográfica
de 1995 de
Sense and Sensibility

  • Personagens
As semelhanças entre os personagens é uma das coisas mais marcantes:
- Elizabeth Bennet é a fusão entre Elinor Dashwood e Marianne Dashwood, pois consegue manter suas reações emotivas e racionais em equilíbrio; Já as irmãs Dashwood entram em um equilíbrio em relação aos seus sentimentos com a aproximação do fim da trama, pois durante o resto da narrativa são levadas a tomar atitudes guiadas, como diz o próprio livro, pela razão (Elinor) e pela sensibilidade (Marianne).
-Coronel Brandon, solteirão sisudo que tem interesse por Marianne Dashwood em R&S, lembra Mr. Darcy, o também sisudo protagonista de O&P. A diferença crucial entre ambos está no fato de que o Coronel Brandon é muito mais simpático e humilde que Darcy [!]
-Os antagonistas de ambos os livros, Wickham e Willoughby, possuem desvios de caráter, são mentirosos e caluniadores. A diferença entre eles está no fato de que Willoughby se arrepende de seus atos ( que com certeza são piores que de Wickham!) e tenta se redimir.
-Mrs. Jennings, a viúva rica que cisma em casar os outros e é extremamente intrometida, lembra bastante Mrs. Bennet, mãe da protagonista de O&P, que também tem fixação em casar as filhas e age de forma inadequada em vários momentos, causando certos prejuízos para as filhas mais velhas.
-Mrs. Ferrars, mãe de Edward Ferrars, que é apaixonado por Elinor, é uma espécie de Lady Catherine de Bourgh. Mas não tem tanta expressividade quanto a segunda, apesar de ambas, por nao aceitarem certas uniões amorosas, façam de tudo para prejudicar os envolvidos.
-Mrs. Fanny Dashwood, cunhada das protagonistas, não pode ser realmente comparada com Caroline Bingley, pois é consideravelmente pior que a segunda. Mas ambas são personagens arrogantes e frívolas.

Keira Knightley e Matthew Macfadyen
como Elizabeth Bennet e Fitzwillian Darcy
na versão cinematográfica de 2005
de
Pride and Prejudice


Para aqueles que se interessaram pela história, mas que não querem ler o livro [!], indico as versões para o cinema dos livros, Sense and Sensibility (1995) e Pride and Prejudice (2005). Ambas são excelentes!



Au Revoir!

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