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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Som e Fúria


Não, meu caro leitor desavisado, este não é um post sobre Shakespeare ou uma microssérie exibida pela Globo. A verdade é que achei esse título apropriadíssimo para um post sobre o filme Cisne Negro (Black Swan, no original).

Para outros desavisados de plantão, este não é um filme de balé convencional. Aronofsky ( O mesmo diretor de Requiem for a Dream e The Wrestler, veja só) retratou, de uma forma realmente convincente, o submundo das companhias de balé, com toda sua competição e extremismos. É um filme pesado, é verdade, e por vezes assustador, mas acredito que seja também um tipo de filme que agrade os amantes de longas sequências de dança aos adoradores de cenas sujas (aqui no sentido mais amplo!) e sanguinolentas (!)


Nina (Natalie Portman, surpreendente) é uma bailarina que nunca teve um papel de grande destaque nos balés, apesar de toda sua dedicação e técnicas perfeitas. Sua chance chega quando o produtor Thomas Leroy (Vincent Cassel, sempre um charme) lhe dá o papel da Rainha Cisne em uma nova versão do Lago dos Cisnes. Nina é realmente perfeita para o Cisne Branco, mas sua performance como Cisne Negro não passa de medíocre. Lily (Mila Kunis, que ganhou o prêmio de Atriz Revelação no Festival de Veneza por esse filme), uma outra bailarina da companhia, parece se enquadrar perfeitamente para o papel do Cisne Negro, e Nina não gosta nada disso. Com toda a pressão sobre si, dentro e fora de casa, Nina começa a ter uma série de alucinações em que se torna, aos poucos, a verdadeira Rainha Cisne. A questão é, se ela se tornasse de fato o personagem, seria perfeita em sua performance?


Tão surpreendente quanto a história (apesar de eu ter me lembrado de The Fight Club em vários momentos...) é o visual do filme. A ambientação é claustrofóbica e densa, e os cortes rápidos e a câmera de mão contribuem para isso. Mas simultaneamente, é um filme belo (mas não delicado!) de se assistir.

Inicialmente idealizado como um filme independente (a produtora, Fox Searchlight, é responsável por filmes como The Darjeeling Limited e (500) Days of Summer), Black Swan acabou atingindo o grande público devido ao grande sucesso no Festival de Veneza, em setembro do ano passado.

Quanto as grande premiações, o filme levou o Globo de Ouro de Melhor Atriz, e tudo indica que haverá uma estatueta do Oscar na mesma categoria. Mas acredito que, infelizmente, o Oscar de Melhor Filme não será para Black Swan (por uma série de questões que discordo da Academia, mas vou deixar isso pra outro post).

Black Swan é sem dúvida um dos melhores filmes dos últimos tempos (É sem exagero que digo isso. Ultimamente, Hollywood vem me decepcionando!), e agora tenho o meu favorito ao Oscar (E se você leu o meu post sobre Inception, bem, Black Swan é melhor!)

Fico por aqui. Nos vemos na próxima!