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sábado, 30 de outubro de 2010

Halloween Night Fever


O Halloween é a amanhã e você não vai a nenhuma festa a fantasia nem nada do gênero. Bom, se você ficar em casa (como eu), talvez goste de assistir uns filmes sobre o tema, não? Fantasmas bizarros de crinças mortas, bruxas mal encaradas, mortos-vivos balbuciantes, e...

Ah! De novo tudo isso!

Nesse Halloween resolvi fazer umas sessões de cinema um pouco diferentes do habitual. E pra você (que como eu) não curte muito esses filmes sangrentos de terror, ou quer somente inovar sua programação halloweenesca, aqui vai uma pequena lista de "alternativos" para o Halloween:

  • As Bruxas de Salém (The Crucible - 1996)
Apesar do título brasileiro sugerir um filme sobre bruxas maléficas, As Bruxas de Salém é um drama daqueles bastante pertubadores.
O filme foi baseado numa peça teatral, que por sua vez foi baseada em acontecimentos reais ocorridos em 1692 em Massachusetts. A história se trata dos acontecimentos relacionados a histeria causada no vilarejo de Salém por um grupo de meninas encontradas praticando rituais vudus. Tal fato, desencadeia uma série de julgamentos e execuções (terríves, por sinal) de inocentes acusados de praticarem bruxaria. Um filme pertubador, como disse, mas muito interessante.



  • As Brumas de Avalon (The Mists of Avalon - 2001)
A minissérie de 3 horas de duração foi adaptada do livro de Marion Zimmer Bradley, que narra a trajetória das mulheres por trás da lenda do rei Artur, principalmente a de sua irmã Morgana.
A história se passa numa Inglaterra dividida entre o crescente catolicismo e a decadende religião celta de Avalon. Morgana, representa os interesses dessa última e tenta influenciar o irmão a manter o equilíbrio entre as duas religiões. Tudo em vão, aliás.
Uma história essecialmente feminista e mística, mas relativamente atual.
Geek entertainment, of course!


  • As Bruxas de Eastwick (The Witches of Eastwick - 1987)
E já que estamos falando de filmes um tanto feministas, nada como As Bruxas de Eastwick.
Três mulheres entediadas e insatisfeitas com suas vidas fazem um feitiço acidental que atrai o homem ideal para o pequeno vilarejo de Eastwick. E o relacionamento das três ao mesmo tempo com Daryl Van Horne causa certo rebuliço na comunidade local. Mas o que ninguém suspeitava (nem mesmo elas...) era que Daryl é o próprio Diabo.
Uma comédia engraçada, e por incrível que pareça, pouco apelativa!



  • Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice - 1988)
É impossível não falar de Tim Burton no Halloween. Os Fantasmas se Divertem conta a história de um casal que morre num acidente (um tanto esquisito) e ficam presos em sua própria casa.
Quando um casal yuppie e sua filha gótica (que consegue ver os recém-fantasmas) se mudam para a dita casa, o casal de fantasmas tenta "exorcizar os vivos" e pedem ajuda de um outro fantasma trambiqueiro chamado Beetlejuice, que tem uns métodos pouco convencionais (por vezes violentos!) para assustar os vivos e expulsá-los da casa.
O filme deu origem a umas série animada, que foi até transmitida aqui no Brasil. Mas poucos se lembram. O desenho era tão sórdido quanto o filme!

  • O Estranho Mundo de Jack ( Tim Burton's The Nightmare Before Christmas - 1993)
O filme conta a história de Jack, o Rei das Abóboras. Certo dia, ele descobre o reino do Natal, e fica maravilhado com as cores e a vivacidade do lugar. Ele resolve então raptar o pobre Papai Noel e criar um Natal a sua maneira.
Tão bacana quanto o filme posterior de Burton em stop-motion, A Noiva Cadáver.


  • The Rocky Horror Picture Show (1975)
Obviamente não podia ficar de fora!
Já comentei sobre ele uma vez aqui no blog, e o musical nada convencional se trata de um casal que se perde numa estrada deserta e acaba parando num castelo de um cientista travesti que quer usá-los para seus experimentos, hum, sexuais.
Extremamente kitsh, The Rocky Horror Picture Show continua sendo engraçado apesar dos seus 35 anos de idade.




Bom, meus caros leitores, por hoje é só.

Feliz Halloween (ou o que quer que isso signifique!)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lesser Matters


Cerca de um mês atrás, escrevi sobre a trilha sonora do filme Maria Antonieta (2006), e fiquei de comentar mais sobre a banda sueca The Radio Dept., cujas músicas "I Don't Like It Like This", "Keen on Boys" e "Pulling Our Weight" também fazem parte desse cd. Bom, depois de ouvir essa trilha sonora inúmeras vezes, resolvi ouvir um cd inteiro dessa banda, e agora ele é um dos mais tocados aqui em casa!

Lesser Matters, de 2003, é o álbum de estréia do The Radio Dept. A banda ganhou certo conhecimento após ter suas músicas colocadas numa trilha sonora tão impactante e diferente para um filme de época. Mas antes mesmo disso, esse álbum entrou na lista da NME dos Melhores Álbuns de 2004.

A banda tem seu estilo inspirado em Pet Shop Boy, Joy Division, Frank Sinatra e Charles Aznavour. E o resultado dessa mistura toda são em músicas com uma sonoridade bastante etérea, com refrões repetitivos e sintetizadores, teclados e bateria bem marcados.

Os pontos altos do cd são sem dúvida a ritmada "Where the Damage Isn't Already Done" e a depressiva "Your Father". Além dessas, o álbum possui muitas outras músicas interessantes, como "Strange Things Will Happen", "Ewan" e é claro, a dúbia "Keen on Boys".

Não creio que a banda possa ser considerada de rock propriamente dito, mas o disco é bem diferente e interessante.

Lesser Matters (2003)

01. "Too Soon"
02. "Where Damage Isn't Already Done"
03. "Keen on Boys"
04. "Why Won't You Talk About It?"
05. "Its Been Eight Years"
06. "Bus"
07. "Slottet #2"
08. "1995"
09. "Against the Tide"
10. "Strange Things Will Happen"
11. "Your Father"
12. "Ewan"
13. "Lost and Found"






quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Arruaça na vizinhança (Parte 1)

Com toda sinceridade - e indignação - eu confesso que nunca senti tanta raiva como tenho sentido ultimamente por meus novos e detestáveis vizinhos.

Mais ou menos em torno de 20 horas por dia, e não é exagero (e não é mesmo), a decibéis elevadíssimos (também não se trata de um exagero), que só se ouve músicas barulhos infernais como "Late, late que eu tô passando", "Chora, me liga, implora pelo meu amor...", "É de sainha...", enfim coisas desse nível, além é claro, do pagode. 

Há uma semana que a paz na vizinhança - que já estava ameaçada pelos outros inquilinos- se extinguiu por aqui. Os antigos moradores da hoje conhecida como Casa dos Horrores, azucrinavam nossa paciência somente às quartas e quintas, já esses ... nem sei como chamar, como dito anteriormente, o fazem durante todo o dia!

Só para completar o total inferno sonoro, meu cachorro fica estressado com o barulho e começa a latir! O som é tão alto que quando chamamos ele, o bicho não vem, porque simplesmente NÃO OUVE!

Definitivamente sinto que estou a ponto de enlouquecer. O único momento de silêncio é quando eles trocam o CD e quando dormem, por volta das 3h e 8h da manhã. 

Se você pensou: Por que não chamaram a Polícia? Aqui vai a resposta, uma moradora da outra rua (Sim, vc ñ leu errado, da outra rua) chamou, a paz durou exatas 2 horas.

Bom caro leitor, por quanto tempo mais eu aguento??? Sinceramente, acho que não muito.

 
M.L

domingo, 17 de outubro de 2010

O céu não é o limite

 (Postado originalmente no Blog De Armani a Zoomp, meu atual blog abandonado, no dia 29 de agosto de 2009).




Não, não se trata de um novo de filme hollywood, mas sim de uma história de amor entre um homem e um porco. Não é novidade para quase ninguém que George Clooney tinha um porco de estimação chamado Max, só o que ninguém sabia (embora eu tenha me empenhado em espalhar essa informação para a minha rede de amigos) era que esse pobre homem amava Max, The Pig mais que a própria vida! E sim, amava no pretérito imperfeito do indicativo pois Max, The Pig faleceu há exatos quatro anos, deixando seu dono e amigo George inconsolável. 

O suíno que viveu 18 anos de pura alegria e mordomia (não era para rimar, mas tudo bem!) sofria de artrite, além de ser parcialmente cego, morreu enquanto clooney promovia seu filme, "O segredo de Berlim". 

Clooney se viu em uma grande depressão e a sua única cia. era o sofrimento, e procurou ajuda para curar sua dor, george contratou uma Médium, segundo o jornal The New Zeland Herald:

"Ela me disse que Max foi muito feliz ao meu lado", contou Clooney a um amigo. Disse também que ele está muito contente e que ainda me acompanha de vez em quando. Não sei se está dizendo a verdade, mas quero acreditar nela.”

O ator declarou também que só guarda os bons momentos que passou ao lado do suíno, como por exemplo a vez em que pediu ao seu amigo John Travolta para levar Max, para passear em seu jatinho particular e as noites em que The Pig dormia com o ator (e eu não estou mentindo, tampouco aumentando a situação).

Caro leitor, qualquer forma de amor é muito bonita ainda mais quando o céu não é o limite!
O amor de George e Max, The Pig é um exemplo disso.

M.L

Tornando-se Jane


Jane Austen era uma espécie de dissidente. Mesmo vivendo em uma sociedade hermética e machista, ela agia e pensava de forma independente e isso era considerado muito inadequado para moças decentes.

O filme Becoming Jane (aqui no Brasil estranhamente traduzido como "Amor e Inocência") retrata a juventude da autora e as circunstâncias que envolveram e inspiraram o processo criativo de Orgulho e Preconceito, sua obra mais conhecida.

Jane (Anne Hathaway) era filha de um pastor anglicano e vivia uma vida relativamente confortável com mais 3 irmãos. Bem, ter 4 filhos naquela época implicava em ter uma vida sem muito luxo, e sua mãe (como uma pequena lembrança de Mrs. Bennet...) insiste que suas filhas se casem com homens mais ricos, pois tudo o que os pais conseguiram juntar ia somente para os filhos. Apesar de tudo isso, Jane se convenceu que só se casaria por amor. Senão, permaneceria solteira pelo resto da vida.

Nesse ínterim, chega à vizinhança de Jane um estudante de Direito irlandês chamado Thomas Lefroy (o bonitinho James McAvoy). A princípio o rapaz parece ser um tanto pretensioso e arrogante, e Jane logo passa a nutrir certa antipatia por ele. Mas como a sua estadia no vilarejo acaba se extendendo, os dois passam a se entender melhor e acabam se apaixonando.

Porém, Tom vive com uma mesada que seu tio lhe dá. E essa mesma mesada serve para sustestar toda sua família na Irlanda. Tal fato, torna inviável que Jane se case com ele, pois eles viveriam sempre na miséria. E o final da história de Jane é bem difrente dos finais de suas protagonistas.


O filme não é necessariamente uma biografia de Jane Austen. Os roteiristas recriaram sua vida com certas coincidências que estariam em seus romances. Lady Gresham (Maggie Smith) seria sua inspiração para Lady Catherine de Bourgh; Lucy Lefroy (Jessica Ashworth), as três inconvenientes irmãs Bennets mais novas; Mr. Austen ( James Cromwell) é claramente Mr. Bennet e sua mãe (Julie Walters), como já disse, é a Mrs. Bennet. Outros fatos como o jogo de cricket (esporte preferido de Catherine Morland, de A Abadia de Northanger), o pug de Eliza de Feuillide, que está sempre do lado de sua dona ( como Mrs. Bertram de Mansfield Park) e é claro, Tom Lefroy, que pode ter sido sua inspiração para o (maravilhoso) Mr. Darcy.

O único senão talvez tenha sido colocar uma atriz americana (Hathaway) para interpretar uma das mais amadas autoras inglesas. Fora isso, boas atuações, figurinos bem feitos e uma ótima recriação de época.

Becoming Jane é um filme que agrada todos os amantes da obra de Jane Austen e até mesmo aqueles que querem conhecê-la.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Concurso de Contos

O blog Que a Estante nos Caia em Cima lançou seu primeiro Concurso de Contos.

Para participar, você deve enviar um conto que tenha entre 750 a 1500 palavras, nos formatos Word ou PDF. A fonte deve ser Arial no tamanho 12. O tema para os contos é livre, e você deve mandar o seu até o dia 05/11/2010.

Mais informações em http://livrosimples.blogspot.com/2010/10/concurso-de-escrita.html

Mãos à obra e boa sorte!

Bennet versus Dashwood

(Publicado originalmente em "Empada com Tudo Dentro" em 02/06/2010)


Acho impossível ler livros de um mesmo autor e evitar comparações entre eles, ainda mais quando possuem temas tão parecidos; Acabei de ler Razão e Sensibilidade (1811), e apesar de ter gostado mais de Orgulho e Preconceito (1813), achei que também é um ótimo livro, e um dos melhores que já li. Resolvi então listar os pontos em comum entre ambos os livros, que vem a seguir:

Emma Thompson e Hugh Grant como Elinor Dashwood e
Edward Ferrars na versão cinematográfica de 1995
de
Sense and Sensibility

  • A narrativa
Orgulho e Preconceito, apesar de ter sido publicado após Razão e Sensibilidade, foi escrito antes. Por isso considero a história mais original, e é possível ver alguns elementos de O&P em R&S, apesar do segundo ser mais realista em relação ao primeiro. Semelhanças como a falta de fortuna das protagonistas (e como isso atrapalha na escolha de maridos), personagens intrometidos e inadequados, revelações do caráter de alguns personagens considerados decentes, rompimentos amorosos (que em R&S são mais bruscos do que em O&P.) e protagonistas masculinos reservados, mas passionais, podem ser vistas entre os livros.

Alan Rickman e Kate Winslet como Cel. Brandon
e Marianne Dashwood na versão cinematográfica
de 1995 de
Sense and Sensibility

  • Personagens
As semelhanças entre os personagens é uma das coisas mais marcantes:
- Elizabeth Bennet é a fusão entre Elinor Dashwood e Marianne Dashwood, pois consegue manter suas reações emotivas e racionais em equilíbrio; Já as irmãs Dashwood entram em um equilíbrio em relação aos seus sentimentos com a aproximação do fim da trama, pois durante o resto da narrativa são levadas a tomar atitudes guiadas, como diz o próprio livro, pela razão (Elinor) e pela sensibilidade (Marianne).
-Coronel Brandon, solteirão sisudo que tem interesse por Marianne Dashwood em R&S, lembra Mr. Darcy, o também sisudo protagonista de O&P. A diferença crucial entre ambos está no fato de que o Coronel Brandon é muito mais simpático e humilde que Darcy [!]
-Os antagonistas de ambos os livros, Wickham e Willoughby, possuem desvios de caráter, são mentirosos e caluniadores. A diferença entre eles está no fato de que Willoughby se arrepende de seus atos ( que com certeza são piores que de Wickham!) e tenta se redimir.
-Mrs. Jennings, a viúva rica que cisma em casar os outros e é extremamente intrometida, lembra bastante Mrs. Bennet, mãe da protagonista de O&P, que também tem fixação em casar as filhas e age de forma inadequada em vários momentos, causando certos prejuízos para as filhas mais velhas.
-Mrs. Ferrars, mãe de Edward Ferrars, que é apaixonado por Elinor, é uma espécie de Lady Catherine de Bourgh. Mas não tem tanta expressividade quanto a segunda, apesar de ambas, por nao aceitarem certas uniões amorosas, façam de tudo para prejudicar os envolvidos.
-Mrs. Fanny Dashwood, cunhada das protagonistas, não pode ser realmente comparada com Caroline Bingley, pois é consideravelmente pior que a segunda. Mas ambas são personagens arrogantes e frívolas.

Keira Knightley e Matthew Macfadyen
como Elizabeth Bennet e Fitzwillian Darcy
na versão cinematográfica de 2005
de
Pride and Prejudice


Para aqueles que se interessaram pela história, mas que não querem ler o livro [!], indico as versões para o cinema dos livros, Sense and Sensibility (1995) e Pride and Prejudice (2005). Ambas são excelentes!



Au Revoir!

domingo, 10 de outubro de 2010

Anacronismo e traição (?)


Anacronismo não tem meio termo. Ame-o ou odeie-o. Tal técnica, muito usada por diretores de cinema e de teatro na atualidade, não nos deixa sem uma opinião formada. Foi assim com Brazil (1985), Moulin Rouge! (2001), Lemony's Snicket's A Series of Unfortunate Events (2004) e a microssérie Capitu (2008)

Na época de exibição desta, muitos torceram o nariz para essa adaptação do romance de Machado de Assis que punha elementos do século XXI (celulares, fones de ouvido, Beirut, Black Sabbath...) em pleno século XIX. Apesar disso, a essência da história não foi eliminada. Na verdade, foi até renovada.

Na época, não consegui assistir os dois últimos capítulos, e só consegui fazê-lo agora (!)

Sou meio suspeita para falar deDom Casmurro, pois já li esse livro umas 4 vezes. Sim, você pode achar a narrativa lenta e a linguagem extremamente cansativa, mas a história em si, é muito interessante. E eu pessoalmente ainda não tenho uma opinião concreta sobre a traição ou não de Capitu.

Bentinho, desde que se entende por gente, é apaixonado pela vizinha Capitu. No dia em que o agregado José Dias relembra a mãe de Bentinho a promessa que ela fez de metê-lo no seminário, o garoto fica angustiado e tenta armar um plano com Capitu para que a mãe não realizasse tal promessa. A idéia era convencer o próprio José Dias a persuadir a mãe a mandá-lo estudar Direito em São Paulo. Na verdade, Bentinho estava aceitando qualquer carreira. Tudo o que pudesse livrá-lo da vida de padre.

Apesar dos esforços do agregado, ele é enviado ao seminário, onde conhece Escobar, um menino que como ele não tinha vocação para padre. Os dois acabam se tornando grandes amigos, e Bentinho admira demais Escobar.

Depois de um ano no seminário, ele finalmente sai, e vai estudar Direito. Quando volta, se casa com Capitu. A vida de casado parece perfeita, e o casal se tornou mais próximo de Escobar e de sua esposa Sancha.

Um dia, quando sai para nadar, Escobar morre afogado. E no enterro, Bentinho parece perceber que os "olhos de ressaca" de Capitu se fixaram apaixonadamente no cadáver, "como se quisesse tragar também o nadador da manhã. ".

Depois desse incidente, ele começa a desconfiar de que a esposa e Escobar eram amantes, e que seu filho Ezequiel, era filho do outro. Ele fica tão alucinado que pensa em se matar e matar o menino. O casal tem uma separação esquisita, e Capitu vai morar na Europa com o filho. Bentinho termina sozinho. E sem nenhum remorso.

Como a história é toda narrada pela visão extremamente parcial de Bentinho, fica difícil saber se a traição ocorreu de fato. Na última vez que li o livro, eu entendi que era tudo invenção dele. Assistindo a série, realmente acreditei que Capitu o traiu.

O jeito é você tirar suas próprias conclusões! Se não tiver paciência para ler o livro, assista a série. Isso é claro, se você não ficar incomodado como certos anacronismos (que na verdade, achei-os muito interessantes e poéticos!)

O resto, em Joy Division:
"Then love, love will tear us apart, again.
Love, love will tear us apart, again
"

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mi Delírio

Pois é, esse mundo dá voltas e quem diria que depois de anos eu estaria aqui falando o quanto eu gostei do novo álbum solo da Anahí, Mi Delírio.

Sem nenhuma pretensão, resolvi fazer o download do CD para ver qual seria sua proposta, e confesso que gostei muito, com exceção da capa (o.O) . O primeiro single foi o entitulador da obra, sucedido por "Me Hipnotizas" e o mais recente "Quiero", todos obtiveram um bom resultado tanto no mercado brasileiro como no internacional.

Em breve será lançado uma edição de luxo do álbum, Mi Delírio Deluxe Edition, contendo faixas inéditas como "Alergico", que por sinal já é uma das minhas favoritas, e "Aleph", música que a cantora compôs inspirada na obra homônima de Paulo Coelho, de quem já declarou ser fã inúmeras vezes.

Faixas do álbum:


1.Mi Delirio
2.Quiero
3.Que Más Dá
4.Hasta Que Llegues Tú
5.No Te Queiro Olvidar
6.Me Hipnotizas
7.Para Qué?
8.Te Puedo Escuchar
9.El Me Mintió
10.Gira La Vida
11.Hasta Que Me Conociste
 

M.L

sábado, 2 de outubro de 2010

Welcome to the Dollhouse



Dawn Wiener (Heather Matarazzo) é uma garotinha de 11 anos feia e sem talento. E isso é motivo de sobra para ser perseguida na escola pelos colegas e pelos professores. Nem mesmo em casa ela é vista com bons olhos pelos pais e pelos irmãos.

O filme de humor negro Welcome to The Dollhouse (Bem-Vindo a Casa de Bonecas), de 1995 do diretor Todd Solondz ( do Life During Wartime, que teve estréia recente no Festival do Rio de 2010), conta a história da solitária Dawn, que não tem amigos e é totalmente incompreedida.

A história começa com o dia-a-dia de Dawn na escola. Ela é xingada de lésbica, tem seu armário pichado com diversas ofensas e acaba sempre sendo injustiçada, até mesmo por seus professores. Em casa, sua situação não é muito diferente. Os pais só tem olhos para a irmã mais nova e para seu irmão geek.

Dawn se torna uma pessoa agressiva dentro de casa, tratando mal sua família e utilizando o mesmo vocabulário com que é tratada na escola. Certo dia, quando o irmão está ensaiando com sua banda, ela conhece Steve, o vocalista bonitão e bem mais velho que ela. E acaba se apaixonando.

Nesse meio tempo as ofensas a Dawn vão se tornando mais sérias, com ameaças de estupro por parte do bad boy Brandon. E o mais surpreendente é que ela aceita isso e até mesmo demonstra certo interesse em ser estuprada (!). Ao se aproximar de Brandon, eles começam um tipo de amizade (bem agressiva na verdade...) e ele parece se apaixonar por Dawn.

Assim, ela vai se tornando cada vez mais parecida com seus agressores. E suas atitudes acabam por transformá-la em meio culpada pelo seqüestro de sua irmã. E tentando se redimir, ela sai a procura da menina, imaginado como seria ser reconhecida e amada por todos.

O filme teve uma espécie de continuação em Palindromes (ainda inédito no Brasil), onde o futuro deprimente de Dawn é ligeiramente retratado. E o tema da solidão e da exclusão é novamente abordado.

Apesar de tudo, ainda é possível rir de certas situações. Dawn é realmente absurda e ingênua demais e suas relações com as pessoas são extremamente exageradas.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

AFI's 100 Years…100 Movies: 97º - Blade Runner (1982)


Blade Runner, o Caçador de Andróides (BR)
E.U.A
1982
118 min.
Cor.
Direção: Ridley Scott


Blade Runner
é basicamente um film noir futurista. Está tudo ali: o detetive caladão, a femme fatale (que nesse caso não é tão fatale assim...), o submundo de uma cidade degradada e até mesmo a trilha sonora jazzística.

A fotografia é bacana e os cenário de Los Angeles em um 2019 caótico serviram de inspiração para muitos filmes futuristas posteriores. Acontece que apesar de ser um filme de ação, o ritmo da história é relativamente lento.

Harrison Ford interpreta o detetive Deckard, cujo trabalho é investigar e eliminar os "replicantes" (um tipo de ser humano fabricado em laboratório), já que estes acabaram fugindo dos controle de seus criadores e se tornaram perigosos.

Um grupo mais desenvolvido desses replicantes passa a cometer certos crimes, e isso chama atenção da polícia. Deckard é chamado para encontrá-los e matá-los.

Entre esses acontecimentos, ele conhece a replicante Rachael, que é assistente de um dos chefões da empresa que os fabrica. A princípio, ela desconhece totalmente sua verdadeira identidade, mas Deckard revela que ela é de fato uma replicante e os dois acabam ficando juntos (!).

O resto do filme relata a perseguição do detetive aos replicantes assassinos. E as cenas de ação e perseguição são cansativamente longas. Mas para quem gosta desse tipo de coisa pode até ser interessante.

O filme termina com um final aberto e sem muita explicação, o que gerou teorias (confirmadas pelo próprio Ridley Scott) de que Deckard também é um replicante. Lembraram de I, Robot (2004) ? Eu também.

Apesar da históriar se passar num futuro distópico como em Nineteen Eighty-Four (1984) e Clockwork Orange (1971), ela não tem a mesma profundidade destes. Na verdade, a intenção do filme não é de abordar nenhum tema social ou político. É apenas entretenimento. Mas isso não torna Blade Runner pior que os outros!



Bom, é isso aí. Até a próxima!