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sábado, 20 de novembro de 2010

O crime dos sonhos



Christopher Nolan mostrou que existe vida pós Heath Ledger, quero dizer, pós The Dark Knight. A Origem (Inception no original. Mas acredito que a tradução literal, "Inserção", iria levar um monte de gente a acreditar que se tratava de um filme pornô.) mostra que ele pode ir além de Batman e outros thrillers quase noir.

A história se trata de ladrões que tem um jeito peculiar de agir. Eles simplesmente entram nos sonhos de gente importante e roubam senhas e coisas do gênero. Sim, sim, eles roubam dos subconsiente. Ficção, claro, mas muito inteligente.

Dom Cobb (Leonardo DiCaprio, mais inchado do que nunca) é um dos principais desenvolvedores desse projeto de invasão subconsciente. Mas obviamente não é um processo simples. Ele conta com a ajuda de Arthur (Joseph Gordon-Levitt), que lida com armas e bombas, coisas sempre esseciais a qualquer tipo de roubos (!).

Depois de tentarem um roubo frustrado na mente de Saito (Ken Watanabe), são contratados por ele para realizar algo um tanto diferente: ao invés de realizar a "extração" de idéias, eles deveriam inserir uma idéia (sobre a divisão das empresas) na mente de um jovem herdeiro industrial, maior concorrente de Saito.

O plano a princípio parece impossível. Mas eles conseguem ajuda de Ariadne, a arquiteta (Ellen Page) e Eames (Tom Hardy), que é capaz de assumir a forma de qualquer pessoa nos sonhos.

Os projetos e os preparativos indicam que tudo irá correr bem, mas ao entrar na mente do empresário Robert Fisher (Cillian Murphy), logo após a morte de seu pai. Mas alguns problemas sérios ocorrem. Principalmente com a personificação do subconsciente pertubado de Cobb, Mal (Marion Cotillard).



A princípio, você pode ficar meio confuso com o filme: os diálogos são rápidos e as explicações, excessivas e confusas. Mas depois dos "choque" inicial, o filme se torna extremamente interessante.

Por ser confuso e lidar com um tema bastante metafísico, o filme chegou a ser comparado com Matrix (1999). Para ser franca, não achei muitas semelhanças entre eles. Inception não tem a crítica social e política de Matrix. Mas aborda muito mais questões psicológicas que o segundo.

Os cenários e sequências, que deixariam Dalí e Buñuel satisfeitos, são bastante impressionantes. Destaque para a sequência de Paris, para Joseph Gordon-Levitt na gravidade zero e para o ultra-profundo-pertubado subconsciente de Cobb.

Com um aberto que vai deixar muita gente pensando no que aconteceu de verdade, Inception é um filme excelente, talvez um dos melhores do ano, e um forte candidato para o Oscar 2011.


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